A catastrófica erupção do Vulcão Vesúvio
- Gabriel Silveira
- 4 de mar. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de mai. de 2020
A erupção de vulcões é um dos fenômenos naturais mais destrutivos do planeta Terra. Mesmo que raramente ela aconteça sem precedentes, quando acontece a explosão de lava e cinzas, as chances de escapar são poucas.
Uma das erupções mais catastróficas da história aconteceu no ano de 79 d.C. na Itália, mais precisamente em Nápoles. Mas sua erupção não atingiu sua cidade natal, e sim Pompéia, uma cidade nas redondezas. A cidade jamais foi reconstruída e a maioria de sua população foi morta na catástrofe. Para se ter uma noção da força da erupção, Pompéia nem sequer chegou a ter lava derramada sobre seu solo. Ela foi destruída apenas pela onda de choque e cinzas.

Nos escombros de Pompéia, inclusive, foram encontradas as pessoas nas exatas posições que estavam na hora de sua morte. Isso porque elas foram cobertas de cinzas expelidas pelo vulcão. Mais de mil corpos foram encontrados nestas condições desde o século 18.
Pompéia foi totalmente soterrada pelas cinzas do vulcão e só foi descoberta (sem querer) no século 16, numa escavação.

Só temos registros deste evento catastrófico por conta de um cidadão. Plínio! Plínio estava preso em uma masmorra subterrânea, em um dos calabouços mais ao fundo da prisão, portanto, o magma do vulcão destruiu a masmorra mas não atingiu a cela de Plínio, que pode sair algum tempo depois da erupção e ver in loco os estragos feitos pelo ocorrido. Prontamente o, agora livre, prisioneiro relatou tudo e seus relatos correram por toda a Itália, espalhando a notícia de uma das maiores erupções da história. A erupção jamais tinha sido presenciada por alguém, sendo assim, ela foi batizada com o nome de seu espectador e hoje em dia a conhecemos como Erupção Pliniana.

Mas como funciona uma erupção, o que faz com que uma montanha exploda e expila um mar de lava e libere cinzas suficientes para assolar uma civilização inteira? Bem, primeiro temos que entender que existem dois tipos de erupções, as explosivas e as efusivas. As explosivas são causadas pelo intenso acúmulo de gases e vapor (gerado pela fusão do magma com águas subterrâneas) no subsolo do vulcão, causando uma pressão enorme sob o subsolo, e quando o cume do vulcão já não suporta mais, ocorre a explosão. Os gases liberados na atmosfera também podem gerar uma segunda explosão, podendo ser ainda mais violenta que a primeira e gerar um fluxo piroclástico. Já na erupção efusiva acontece apenas o derrame da lava, sem qualquer explosão.

A erupção do vulcão Vesúvio foi tão histórica que nomeou uma categoria de erupção, a Erupção Pliniana sendo uma das mais perigosas e mortíferas. Nela se nota a liberação de pedras, derramamento de lava viscosa e uma coluna de fumaça. Erupções como estas podem liberar cinzas e gases numa altura tão elevadas que podem chegas à estratosfera, e as cinzas podem chegar a centenas de quilômetros pelas correntes de vento. Fluxos piroclásticos também são comuns nessa categoria. As últimas erupções plinianas ocorreram em 1980 no monte Santa Helena, nos EUA e em 1991 em Pinatubo nas Filipinas.
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